Identificação: A.B.S., masculino, casado, 64 anos, residente em Alegrete.
Escolaridade: 4ª série (lê sem dificuldade)
Telefone de contato: (XX) 9890989098
Médico Responsável: clínico geral da UBS
Número de pessoas no domicílio: mora com 2 pessoas, esposa e enteado.
Demais dados: aposentado, sem plano de saúde, adquire medicamentos na UBS, toma os medicamentos com a ajuda da esposa. Sua renda familiar é de 2,4 salários mínimos.
Problemas de saúde: Hipertensão e diabetes
Seu peso é de 62,4 kg e seu IMC é de 26, 2
Pressão arterial: 170 X 100 mmHg
Glicemia: 150 mg/dl (medido em jejum em 25 de abril de 2008)
Restrição dietética: evita macarrão e pão. No café da manhã toma apenas café com açúcar.
Fumante desde os 15 anos. Fuma 20 cigarros por dia.
Toma medicamentos para hipertensão a 8 anos (descobriu a doença quando foi atropelado e levado para o hospital). Sem sintomas.
Toma medicamentos para diabetes a cerca de 1 ano (descobriu a doença por acaso, em um exame de triagem). Sintoma: visão turva, moleza nas pernas, dor nos dedos dos pés. Relata melhora quando deita e procura dormir.
Seu irmão já teve derrame.
Espera que com o acompanhamento seus sintomas melhorem.
Medicamentos utilizados
- Hidroclorotiazida: 1 vez ao dia, às 7 ou 8 h da manhã. Não sabe para que serve.
- AAS 100 mg, 1 vez ao dia, cedo. Não sabe para que serve.
- Metformina 850 mg. Toma cedo. A prescrição é de 1 comprimido no almoço e jantar. Não sabe para que serve.
- Captopril 25 mg. 1 vez ao dia, cedo. A prescrição é 3 comprimidos ao dia. Não sabe para que serve.
- Glibenclamida (? mg). Toma 1 vez ao dia, cedo. A prescrição é de 3 comprimidos ao dia. Não sabe para que serve.
Obs. O paciente não sabia informar quais medicamentos tomava, assim, a esposa informou por telefone. Informou também que a 3 dias não tomava nenhum dos medicamentos. Pediu sigilo.
Experiência com os medicamentos.
· O paciente relata que tomava os medicamentos conforme a prescrição e sentiu-se mal, e por isso, decidiu diminuir as quantidades por conta.
· Gostaria que a pressão e a glicose ficassem controladas, mas o que gostaria mesmo é de não precisar mais tomar os medicamentos.
· Acha que os medicamentos que toma não alteram em nada a situação de sua saúde.
Informar o paciente para que servem os medicamentos e a forma correta de utilizá-los e explicar que para os níveis alcançarem a normalidade é preciso fazer o tratamento de forma correta.
Estudos demonstram que o cigarro aumena a concentração de gordura a nível abdominal, reduz a sensibilidade insulínica e eleva a concentração glicêmica.O risco parece estar relacionado com a quantidade de cigarros e a duração do tabagismo.
FONTE: SCIELO – Prevenção do DM2 –
Observamos que um dos fármacos (hidroclorotiazida)utilizados no tratamento da hipertensão, possue como efeito adverso aumento da glicose no sangue, esse pode ser um dos fatores do resultado do exame de glicemia em jejum estar alterado, outro fator pode estar associado a não adesão a dieta prescrita e ao tratamento farmacológico e indice de IMC de 26,2.(FUCKS,F.D.;WANNMACHER,L.Frmacologia clinica,pag,555.)
Referências (http://www.manualmerck.net/) indicam que a prescrição (DOSE) da clibenclamida deve ser 2,5 á 5mg ao dia, no máximo duas vezes ao dia, e não 3 vezes como consta na prescrição do paciente, necessita portanto adequar a dose correta ao seu tratamento.
Para adesão ao tratamento farmacológico será necessário acompanhamento constante da equipe de saúde,visitas domiciliares,avaliação nutricional para seguimento de dieta para paciente diábético,controle de pressão arterial(Devido histórico de derame na familia e PA elevada 170/100mmhg)semanal, e caso o paciente continue resistente á farmacoterapia poderá receber acompanhamento psicológico.
Hidroclorotiazida: indicações- edemas renais, hepáticos, por insuficiência cardíaca e devido s a corticóides e estrógenos. Hipertensão arterial, isoladamente ou associada a outros medicamentos. A hidroclorotiazida altera a reabsorção de eletrólitos ao nível dos túbulos contornados distais, aumentando a excreção do sódio e cloretos em quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese pode provocar perda secundária de potássio. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos parece estar relacionado com a excreção e redistribuição do sódio. Esses compostos não afetam a pressão sangüínea normal. A ação dos tiazídicos se inicia cerca de 2 horas após a administração oral, tendo a duração de 6 a 12 horas.
AAS: indicações- analgésico, antitérmico e antiinflamatório. O ácido acetilsalicílico, como os salicilatos em geral, promove o alívio da dor, tanto por sua ação periférica como por seu efeito ao nível do sistema nervoso central. Inibindo a síntese das prostaglandinas no tecido inflamado, impede a sensibilização dos receptores da dor ao estímulo mecânico ou à ação de substâncias químicas. O ácido acetilsalicílico rduz a agregação plaquetária e desta maneira prolonga o tempo de sangramento, justificando seu emprego na profilaxia dos distúrbios trombóticos coronariano e cerebral, particularmente nos pacientes de risco.
Metfomina: indicações- deve ser usado primariamente no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (não-insulino-dependente), quando o tratamento dietético isolado tiver se mostrado insuficiente. É especialmente útil em pacientes com excesso de peso, nos quais a metformina freqüentemente provoca uma diminuição de peso. É também indicado como medicamento complementar ao tratamento com outros antidiabéticos orais, principalmente em casos de falência secundária ao tratamento com estas drogas orais. Em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (insulino-dependente) que não estão adequadamente controlados, também pode ser adicionado ao regime terapêutico em uso para melhorar o controle metabólico e mesmo diminuir a dose diária total de insulina. Pacientes com diabetes mellitus tipo 1 sempre devem receber insulina; o tratamento isolado com metformina não é indicado.
Captopril: indicações- hipertensão.
Glibenclamida: indicações- diabetes melito não-insulino-dependente (tipo II)
FONTE: DEF/98-99
Pessoal!
e as orientações farmacêuticas?
precisamos adaptar as informações ao nosso caso!
Objetivo do tratamento é controlar sintomas agudos da doença, prevenir complicações tardias e promover a qualidade de vida. Isso deve ser seguido com as medidas não-farmacológicas e farmacológicas.
ORIENTAÇÕES: O paciente tem que administrar os medicamentos nos horários corretos, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos três vezes por semana, cuidar dos pés, utilizando sapatos fechados e macios.
FONTE: FUCHS, D.F, Fundamentos da terapêutica racional. Farmacologia clínica, Rio de Janeiro 2004, 3° ed.
A prevalência de hipertensão em indivíduos diabéticos éduas vezes maior que numa população de não-diabéticos. Essa proporção é válida para o diabete melito do tipo 2 e, prova-velmente, também para o tipo 1.A raça, a idade, o sexo, a presença de proteinúria maciça,o aumento do índice de massa corpórea e o tempo de evolu-ção do diabete melito são os principais determinantes da ele-vação da pressão arterial, particularmente a pressão sistólica,nos pacientes diabéticos.
Diabetes Tipo 2 (diabetes melito insulino-independente) é uma doença influenciada por fatores geneticos,idade,obesidade e resistencia periférica á insulina em vez de um processo auto-imune ou viral. O objetivo no tratamento é manter a glicemia dentro da faixa normal e evitar o desenvolvimentodas complicaçoes a longo prazo da doença. Perda de massa corpórea , exercícios, modificaçoes na dieta, diminuem a resistencia a insulina e corrigem a hipoglicemia do diabetes Tipo 2 em alguns pacientes.
Enquanto a doença evolui, a funçao das celulas beta diminui e o tratamento com insulina(hipoglicemiantes oarais) passa a ser necessário para alcançar os niveis glicemicos desejaveis.
FARMACOLOGIA ILUSTRADA 3 EDIÇAO—-Augusto Langeloh—editora artmed 2007
Diabetes deve ser encarada como uma doença multifatorial e sistêmica, cujo controle depende de atuar de acordo com as características de cada paciente, dando prioridade aos elementos predominantes (ex: controle de obesidade pode ser o objetivo principal). A escolha de um medicamento anti-hipertensivo deve levar em conta não somente os aspectos clínicos, mas também os fatores socioeconômicos e culturais relacionados ao paciente.
FONTE: PORTO,C.,C.;PORTO,A.,L.;Vademecum de Clínica Médica;2ªedição-2008/2009;Rio de Janeito; GUANABARA KOOGAN
SÚMULA DO CASO
Medicamentos:
Hidroclorotiazida – diurético tiazídico, tomado uma vez ao dia pela manhã (25 a 100 mg – dose usual)
AAS – tomar após o almoço para evitar desconforto gástrico
PRMs
Eficácia
Interações Medicamentosas
Dose sub-terapêutica
Efeitos adversos
Adesão
Interações medicamentosas
AAS X glibenclamida – salicilatos podem aumentar o efeito hipoglicemiante das sulfonamidas
Hidroclorotiazida X Captopril – tiazídicos podem aumentar o efeito anti-hipertensivo dos IECA. Principalmente hipotensão postural.
Metformina é mais indicada para o tratamento da dibetes.
O quadro de hipertensão está no estágio II
Rever as medicações, pois as doses prescritas causam reações adversas, levando o paciente a se sentir mal.
SUGESTÃO
MANHÃ – HCTZ e captopril
MEIO DIA – Metformina, AAS e captopril
NOITE – captopril e metformina
Se for retirada a glibenclamida os efeitos adversos tendem a diminuir. A adesão também deve melhorar o quadro geral do paciente.
Para melhorar a adesão:
Explicar o que o paciente tem, o que está tomando, para que serve, e as consequencias da não adesão
Aconcelhar para que participe de grupos para diabéticos
Aconselhar a prática de exercícios físicos moderados
Parar de fumar
Reeducar a dieta alimentar, diminuir a ingestão de gorduras insaturadas e açúcar.
Diminuir o stress.
A final de conta pra que serve o Cibenclamida? obrigada .
A Glibenclamida é usada como hipoglicemiante oral, ou seja, reduz o nível de glicose (açúcar) no sangue, em pacientes que não exigem a administração de insulina. Ela estimula o pâncreas a produzir insulina, reduz a recaptação hepática de insulina secretada endogenamente e suprimem a liberação de glucagon.
fonte: DE FRANÇA, F.F.C. Dicionário Terapêutico Guanabara (2006/2007). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Bom ela apresenta um quadro de tolerância a insulina, apresentando 150 mg/dl em jejum, para uma maior precisão do diagnostico recomenda-se a fazer teste de tolerância oral a glicose (TTOG), o paciente não aderindo o tratamento fica difícil de ter melhora dos sintomas e da patologia. É necessário fazer um acompanhamento do paciente esclarecendo todas as duvidas.
Galera temos que observar as principais queixas do paciente, para colocarmos em prática as resoluções de seu problema.
Os medicamentos são indicados mas não são efetivos pois não estão atingindo o seu objetivo. Não é seguro pois o paciente relatou ter se sentido mal após o inicio do tratamento farmacológico, e resumindo o tratamento não é conveniente para paciente pois deixa de tomar por que acha que os medicamentos não alteram em nada a sua saúde, preferindo continuar com seus principais hábitos.
Vamos colocar a AF em prática.
Abraços.
tomo 1 glibenclamida + 1 captopril de manhã… não está baixando muito o diabetes… de 180 a 240. se eu tomar a metiformina será melhor? estou 10 kg acima do peso …. 1.80 altura 1ookg os dedos dos pés e sola queimam (sensação}…obs:- remédios do posto municipal… será melhor comprar originais em farmácia?
José Antônio, existem vários medicamentos que podem ser úteis no seu caso, porém, o médico deverá prescrever de acordo com as suas características, e seu peso influencia nesta escolha, tanto para o medicamento quanto para a sua dose. Quando a glicose não é controlada pode-se ter a necessidade da inclusão da insulina. Porém, é importante lembrar que você deve controlar sua dieta para que sua glicose diminua, e enquanto possível, deve-se evitar a administração a insulina.
Consulte sempre seu médico e seu farmacêutico.
Abraços!
obrigado pela sua resposta…tomava metiformina, passei a usar glibenclamida, que é do posto de saude… parece-me não estar resolvendo muito; enquanto a metiformina, ajudava até perder uns kgs. será qie é preferível a metiformina? queima a sola dos pés. vou ao medico teça-feira, ver as varizes… sem mais abcs
a Glibenclamida pode sim causar reações alérgicas como coceiras e queimação. É importante que você informe ao médico sobre isso. Quanto ao medicamento ser do posto, verifique se ele é genérico (apresenta um G no rótulo e é distribuído com o nome Glibenclamida) ou similar (apresenta outro nome comercial). Genéricos devem ter preferência na utilização, por serem idênticos ao medicamento de referência (de marca) Pode haver algum problema no medicamento, em caso de confirmação, deve-se informar à ANVISA.
sim , eu não tinha essa sensação de queimação no pés..será que o corpo pode ter se acostumado com o glibenclamida?
eu tenho diabete a15 anos e tenho muita dor de cabeça e fiz uma raçoncia magnitica e tenho os ossos todos branco furado na cabeca
procure um medico neropsquiatria para fazer um diagnostico mais preciso do problema, pois pode ser por conta da diabetes desconpesada por nao estar na dose certa e precisa ser de forma mais precisa o resultado.
José Antonio essa queimaçao nos seus pés é Erisipela uma bacteria geralmente um estafilococos, tenha muito cuidado pq podem surgir bolhas e suas pernas ficarem inchadas (edema) e se nao tratado a tempo podera perder seus pés. Procurei um médico d varizes e um endocrinologista para saber como cuida do problema. boa sorte
após uns meses em que participei aqui dessas enquetes, venho dizer de minha condição atual:- estou tomando glimipirida 4 mg no almoço; 1 captopril de manhã á tarde cloridrato metformina 850mg e mais 1 captopril á noite…sintomas agora pressão chega a baixar para 110 por 75 …tenho uma sensação de vez em quando q as batidas de meu coração é sentida fortemente no peito (sensação) depois melhora… fiz ecografia , está perfeito meu sistema…queima a sola dos pés (sensação) geralmente onde a gente pisa… (o pé)…não o calcanhar , mas na frente…há… Uso afrim no nariz…estes remédios produzem sensação de palpitação? e a queimação da sola dos pés? minha diabetes esses dias deu a medida de 85; cheguei a ficar meio desconfortado com essa medida…pelos medicos está tudo normal… mas o que eu sinto está descrito tudo aquí….uma meia de compressão seria interessante para a melhora da queimação dos pés? se for erisipela, isso dá tbm na sola dos pés? desculpe-me pela extensão do assunto… obrigado se alguem puder me orientar….
Apenas um médico poderá avaliar seu pé, José Antônio, mas não me parece Erisipela. A meia de compressão pode sim ser útil pois facilita o retorno venoso e diminui o inchaço, podendo diminuir a dor. Geralmente descongestionantes nasais podem causar palpitação, o que parece ser seu caso, já que exames cardiológicos tiveram resultados satisfatórios.
abraço
obrigado Jane pelo seu relato….estou há 10 horas sem o remedio de nariz; mas está difícil… ou mudar para outra marca…. quanto minhas pernas , elas não incham não; ficam com sensação de ardencia; como que tivessem uma queimaçãozinha…isso perturba….como fiz todos os exames de coração; e segundo os médicos está normal; tenho aerofagia de refluxo, que aumentam com as medicações; sinto como se tivesse oprimindo o estomago…. enquanto não arroto fico com sensação de aperto no peito….pode tbm ser o estomago que fica comprimindo as arterias que passam por baixo dele.? de qualquer modo vou ver se faço uma endoscopia novamente….meu primo muitos anos atrás tinha dores no peito; e era tratado como angina… descobriram que ele estava com uma hérnia de hiato muito grande….depois que operou se curou; não sei se é o meu caso….vou fazer exames….. DE qualquer modo obrigado pela sua atenção. Há , e vou tentar usar meias de compressão nas pernas.segundo o medico que trata de minhas pernas, até agora não achou nada….Tbm a coluna não tem nada a ver com a queimação nos pés?..Abraços
parei de usar remédios nasais; parece-me que melhorou bastante a “palpitação”…estou usando meias, mas a melhora é insignificativa para a dormência nos artelhos…dói a planta da sola dianteira; não sei o nome disso…rssrs…tem dias que melhora bastante essa ardência na sola dos pés…