M.S., 72 anos, masculino, branco, casado, aposentado, procedente de Sobradinho -RS.
História clínica
O paciente procurou atendimento devido à dificuldade progressiva de realizar tarefas cotidianas, tais como vestir-se, além de fala desconexa, mudança de humor e desorientação no tempo e espaço. Negou outras queixas específicas. Na história pessoal, informou ter feito apendicectomia.
Exames físicos
Os sinais vitais eram normais.
Peso: 75,1 kg; 1,67m.
O exame laboratorial é normal, inclusive hematológico, bioquímico, função tireoidiana, sífilis e outras doenças venérias. Chamava a atenção o aspecto apático e tristonho do paciente. O Mini-exame do estado mental permitiu o diagnóstico de Mal de Alzheimer (Estágio 5).
A medida da pressão arterial teve por resultado 140 x 110mmHg; FC 84 bpm; FR 20 mpm; TAx 36°C. Foi diagnosticada ainda hipertensão em estágio I.
Tratamento
Para o tratamento, instituiu-se rivastigmina (1,5 mg; 2x ao dia); memantina (10 mg, 3x ao dia) e várias medidas de apoio. Cogitou-se o uso simultâneo de antidepressivo tricíclico, a amitriptilina (50mg, 2x/dia). Para o tratamento da hipertensão, prescreveu-se atenolol (100mg/dia).
Seguimento
Após 6 meses de tratamento foi feita nova avaliação e constatou-se estabilização do quadro. Relatou apresentar episódios de tontura e sonolência e apatia durante o período. Medidas anteriores de pressão arterial demonstraram episódios de hipotensão. Paciente relata dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso.
O tratamento medicamemtoso na depressão do idoso requer cuidados adicionais, pela sescetibilidade dos pacientes aos efeitos adversos dos AD, já por co-morbidade, já pelas interações medicamentosas. ADT, como amitripitilina propiciam maior surgimento de efeito indesejáveis comparados ao ISRS, ocasionando abandono do tratamento.
Bibliografia: FUCHSF.D.,wannnmacherl., Perreira M.B.C- fFarmacologia clínia, fundamentos da terapeutica racional 3° edição.
DICAAAAAAAAAAAAAAAAAA !!!!
Já está disponível o Formulário terapêuico nacional, na sua versão on line. Nele tem um capítulo inteirinho sobre medicamentos em idosos. O link está aí —–>
(Dica da Léia)
Os pacientes idosos são os principais consumidores e os maiores beneficiários da farmacoterapia moderna. Mais de 80% tomam no mínimo um medicamento diariamente, e este é o mais poderoso processo de intervenção para melhorar o estado de saúde dos idosos. Esse grupo etário, no entanto, apresenta maior risco de desenvolver reações adversas, e estas são responsáveis por 10% a 20% das admissões hospitalares agudas. O uso inapropriado de medicamentos por idosos tem se tornado um problema, tanto do ponto de vista humanístico quanto econômico. A prescrição de medicamentos para essa população envolve necessariamente o entendimento das mudanças estruturais ou funcionais dos vários órgãos e sistemas relacionados com a idade, implicando alterações na farmacocinética e farmacodinâmica para vários medicamentos. Rev. Saúde Pública vol.35 no.2 São Paulo Apr. 2001
A doença de Alzheimer é a mais freqüente forma de demência entre idosos. É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas. Outros sintomas incluem, mudança da personalidade e da capacidade de julgamento. Fonte:AlzheimerMed
Para o idoso, deve ser considerado, além das peculiaridades da farmacocinética e farmacodinâmica dessa faixa etária, o custo, o grande número de medicamentos prescritos e as dificuldades na adesão ao tratamento. No entanto, é comum encontrar, em suas prescrições, dosagens e indicações inadequadas, interações medicamentosas, associações, como também redundância (uso de fármacos pertencentes à mesma classe terapêutica) e medicamentos sem valor terapêutico. Tais fatores podem gerar reações adversas aos medicamentos, algumas delas graves e fatais.
fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692006000300019&tlng=es&lng=en&nrm=iso acessado dia 15/10/08 às 22:23 hs.
O Mal de Alzheimer é uma doença sem causa definida, por tanto não existe um diagnóstico específico que ajude a confirmar a doença, neste caso devem ser observados os sintomas que o paciente apresenta. O diagnóstico clínico é feito pela exclusão de outras patologias.
Neste caso clínico os sintoma apresentados pelo paciente são O paciente procurou atendimento devido à dificuldade progressiva de realizar tarefas cotidianas, tais como vestir-se, além de fala desconexa, mudança de humor e desorientação no tempo e espaço.
O outro comentário está incompleto pois o meu computador trancou e então ocorreu um erro. o comentário certo é o seguinte:
O Mal de Alzheimer é uma doença sem causa definida, por tanto não existe um diagnóstico específico que ajude a confirmar a doença, neste caso devem ser observados os sintomas que o paciente apresenta. O diagnóstico clínico é feito pela exclusão de outras patologias.
Neste caso clínico os sintoma apresentados por M.S. são dificuldade progressiva de realizar tarefas cotidianas, tais como vestir-se, além de fala desconexa, mudança de humor e desorientação no tempo e espaço, sintomas que indicam a presença de Doença de Alzheimer.
CALDEIRA, A.P.S; RIBEIRO, R. de C.H.M.O enfrentamento do cuidador do idoso com Alzheimer. Arq Ciênc Saúde 2004 abr-jun;11(2):X-X
O tratamento multidisciplinar objetiva complementar o tratamento farmacológico na Doença de Alzheimer. Entre as principais técnicas que envolvem trabalho multidisciplinar destacam-se: treinamento cognitivo, técnica para melhor estruturação do ambiente, orientação nutricional, programas de exercícios físicos, orientação e suporte psicológico aos familiares e cuidadores.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2002000100013&script=sci_arttext&tlng=pt acessado dia 20/10/08 às 12:37 hs.
Características clínicas: A progressão da doença de Alzheimer é lenta porém inexorável, cm a evolução sintomática durando com freqüência masi de 10 anos. Os sintomas iniciais são esquecimento e outros distúrbios da memória; com a progressão da doença, emergem outros sinais, incluindo deficiência da linguagem, perda das habilidades atemáticas e perda das habilidades motoras aprendidas. Nos estágios finais da doença, os pacientes podem se tornar incontinentes, mudos e incapazes de andar. Doenças intercorrentes, freqüentemente a pneumonia, são usualmente o evento terminal nestes indivíduos. Enquanto os biomarcadores para a DA não estão ainda disponíveis, há indicadores que a imagem estrutural possa sugerir quais indivíduos correm um risco aumentado de progredir de um distúrbio leve da memória para um diagnóstico de provável DA.
FONTE: Robbins e Cotran. Patologia. ed. 7.
A Doença de Alzheimer (DA) é um tipo especial de demência caracterizada pela presença do declínio da função cognitiva, incluindo a perda de memória, prejuízo da atenção, distúrbios da linguagem e interferência no funcionamento ocupacional e social. Ainda não existe nenhum método isolado de absoluta precisão. O diagnóstico é feito pela identificação do quadro clínico do paciente e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).
Bibliografia:
-SILVA, Penildon –Farmacologia- 7a ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2006
-KOROLKOVAS,Andrejus;FRANÇA, Francisco Faustino de Albuquerque Carneiro de;Dicionário Terapêutico Guanabara.15.ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2008
A doença de Alzheimer (Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro descreveu essa patologia) provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio.
Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos
•Estágio I (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais;
•Estágio II (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia;
•Estágio III ( forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva;
•Estágio IV (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.
Além da interação, as reações adversas dos remédios para a Doença de Alzheimer isoladamente são náuseas e vômitos. Por isso, é indicado que se tome o medicamento com o alimento, mesmo que a comida diminua a absorção. Já as drogas para depressão têm como efeito negativo a prisão de ventre, boca seca, aceleração dos batimentos cardíacos, insônia, retenção de urina e aumento da pressão intraocular.
http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=10347
A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos. Em geral, a DA de acometimento tardio, de incidência ao redor de 60 anos de idade, ocorre de forma esporádica, enquanto que a DA de acometimento precoce, de incidência ao redor de 40 anos, mostra recorrência familiar.
Não existe um teste diagnóstico específico para a doença de Alzheimer . O diagnóstico clínico é feito pela exclusão de outras patologias. Na verdade, é uma doença da qual não se sabe a causa, não se tem um diagnóstico que ajude a confirmar e não possui tratamento curativo e adequado. A autenticidade clínica da doença de Alzheimer é a deterioração progressiva constante da função intelectual, apesar da taxa de deterioração ser altamente variável.
Com base em suas ações farmacológicas e efeitos clínicos, o extrato de Ginkgo Biloba tem uma estreita relação com a classe das drogas nootrópicas, isto é, agentes que atuam no sistema nervoso central e tendem a melhorar o desempenho cognitivo. Um mecanismo de ação definido ainda não foi estabelecido para as drogas nootrópicas. Acredita-se, em geral, que elas agem por meio de estimular populações de células nervosas que ainda são funcionais ou de protegê-las de influências patológicas.
Bibliografia:
SCHULZ, V., HÄNSEL, R., TYLER, V., E.; Fitoterapia Racional; 4ª edição; Barueri-SP/2002; Manole
ESTÁGIOS DE DECLÍNIO COGNITIVO
ESTÁGIO 1 (NORMAL) nenhuma alteração subjetiva ou objetiva no funcionamento intelectual
ESTÁGIO 2 (ESQUECIMENTO) queixas como esquecimento de nomes e objetos. Não interfere no trabalho ou capacidade social. Em geral é um componente do envelhecimento normal.
ESTÁGIO 3 ( CONFUSÃO PRECOCE) o declínio cognitivo interfere no trabalho e na função social. Ocorrem anomia, dificuldade de se lembrar da palavra certa durante a conversa e de memória, defeitos notados pelos familiares. A perda da memória pode deixar o paciente ansioso.
ESTÁGIO 4 (CONFUSÃO TARDIA – DOENÇA DE ALZHEIMER (DA)PRECOCE) O paciente não cosnegue administrar suas finanças ou cuidar de sua casa, e sente dificuldade de se lembrar de eventos recentes. Começa a evitar tarefas difíceis e a desistir dos seus hobbies. Às vezes nega ter problemas de memória.
ESTÁGIO 5 ( DEMÊNCIA PRECOCE – DA MODERADA) O paciente torna-se incapaz de sobreviver sem auxílio. desorienta-se com frequencia quanto ao tempo ( data, ano, estação) e sente dificuldade de escolher suas roupas. A lembrança de eventos recentes apresenta diminuição acentuada, e alguns detalhes da vida pregressa podem ser esquecidos (p. ex., a escola que frequentou ou a profissão). A função pode variar de acordo com o dia. O paciente costuma negar seus sintomas, pode ficar desconfiado e choroso. Incapaz de dirigir com segurança.
ESTÁGIO 6 (DEMÊNCIA MEDIANA – DA MODERADAMENTE GRAVE) O paciente necessita de ajuda nas atividades da vida diária (p. ex., tomar banho, vestir-se e ir ao banheiro) e sente dificuldade de interpretar as coisas ao seu redor. Pode esquecer o nome dos familiares ou dos cuidadores, esquece a maioria dos detalhes da vida pregressa, tem dificuldades de contar de trás pra frente a partir de 10. São comuns a agitação, a paranóia e os delírios.
ESTÁGIO 7 ( DEMÊNCIA TARDIA) Paciete incapaz de falar (apenas grunhe ou grita), andar e se alimentar. Incontinência urinária e fecal. A consistência é reduzida a estupor ou coma.
fonte: WELLS, B. G. et al. Manual de farmacoterapia. 6.ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
SÚMULA DO CASO CLÍNICO
MAL DE ALZHEIMER
doença cerebral degenerativa, caracterizada por perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas. Maior incidência em mulheres e idosos.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO – diminuir os sintomas e estagnação da doença. Ainda não existe tratamento que cure a Doença de Alzheimer.
MEDICAMENTOS UTILIZADOS
AMITRIPTILINA – antidepressivo tricíclico. Doses elevadas. Não é a medicação de escolha devido aos altos efeitos colaterais (tontura), especialmente pelo risco de queda. Preferencialmente substituido por um inibidor seletivo da recaptação da serotonina.
MEMANTINA – antagonista não competitivo de receptores glutamatérgicos. Dose acima da concentração máxima (20mg, 2x ao dia). Pode estar relacionado ao surgimento da hipertensão. Pode causar tontura.
RIVASTIGMINA – inibidor de longa duração da acetilcolinesterase. Medicamento de escolha da doença de alzheimer.
ATENOLOL – Anti-hipertensivo. Dose elevada. Não é medicamento de escolha para paciente idoso. Pode causar tontura, aumentando o risco de queda. Dar preferência para diuréticos tiazídicos.
RIVASTIGMINA + ATENOLOL – interação que causa hipotensão.
ATENÇÃO AO CUIDADOR –
Informações dobre a doença, conduta com o paciente, apoio psicológico, informações sobre os medicamentos, a importância do tratamento.
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS
atividades que estimulem o convívio social, estímulo da memória, estabelecer rotinas, mas manter a normalidade; incentivar a independência, alimentação balanceada.
O PACINTE IDOSO
atentar para mudanças
1) aumento dos níveis de gordura
2) diminuição do percentual de água
3) declínio da função renal e hepática
4) mudança da resposta farmacológica
5) doenças associadas: demência, isquemia, AVC, osteoporose, confusão mental, sonolência, pele fina e ressecada, varizes, diminuição da visão, climatério, prostatismo, C.A., etc.
Olá gostaria de saber duas perguntas a respeito do caso clínico a cima ou seja doença de alzheimer estagio 5 muito obrigado.