Identificação
A. M. S., 3 anos, masculino, branco, procedente de Santa Cruz do Sul.
História clínica
A mãe do paciente referiu que ele, há três dias, vinha apresentando fezes líquidas, com sete a oito evacuações diárias. Após 24 horas do início do quadro, começaram a apresentar vômitos alimentares, tendo seu pediatra prescrito dieta branda e metoclopramida, 4 mg, por via oral, a cada oito horas, caso persistissem os vômitos. Tendo isso acontecido, a criança recebeu repetidas doses de medicamentos, além de amoxicilina (5 ml, 2 x ao dia), que havia sido receitada anteriormente.
No dia da consulta, pela manhã, o menino passara a falar com dificuldade, mostrando-se agitado e fazendo movimentos involuntários com o pescoço e membros superiores, o que motivou o retorno à consulta.
Exame físico
Desidratação de primeiro grau, miose, rigidez na nuca, hipertonia muscular generalizada e movimentos clônicos e involuntários no pescoço e membros superiores.
Exames clínicos
Foi colhida amostra de fezes para a realização de exames bacteriológicos e virológicos. Foram doseados eletrólitos plasmáticos, sódio, potássio, cálcio e cloro além de anticorpos fixadores do complemento para rotavírus; para esta última finalidade foram colhidas duas amostras de sangue, uma na fase aguda da doença e outra na fase de convalescença. Foi confirmado o caso de rotavírus.
Conduta e evolução
O paciente foi internado para observação tendo recebido hidratação parenteral e triexifenidil por via intravenosa. A evolução foi favorável, com alta hospitalar no mesmo dia.
O rotavírus é um vírus da família Reoviridae que causa diarréia grave, acompanhada de febre e vômito. É, hoje, considerado um dos mais importantes agentes causadores de gastroenterites e óbitos em crianças menores de cinco anos, em todo o mundo. A maioria das crianças se infecta nos primeiros anos de vida, porém os casos mais graves ocorrem principalmente em crianças até dois anos de idade. Em adultos é mais rara, tendo sido relatados surtos em espaços fechados, como escolas, ambientes de trabalho e hospitais.
Fonte Scielo
O novo teste para diagnosticar rotavírus, que foi criado pelo professor Waldemir de Castro Silveira, ajudará a reduzir a mortalidade infantil.
Atualmente, os únicos testes realizados no Brasil são importados, demoram até dois meses para dar o resultado e custam R$ 6 por pessoa. A novidade, desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz, demora apenas 30 segundos e vai custar R$ 0,60.
Anualmente, 300 mil crianças são internadas por causa da doença no Brasil. Grande parte dos pacientes é desnutrida. Por isso, a taxa de mortalidade é alta.
Fonte: Redação Saúde em Movimento
A vacina que previne a doença diarréica causada por Rotavírus faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está sendo oferecida para as crianças menores de seis (6) meses em todos os postos de vacinação do País desde 6 março de 2006*.
A aplicação da 1ª dose deverá ser ministrada quando a criança estiver com entre o primeiro mês e 15 dias de vida a três meses e uma semana. A 2ª dose deverá ser aplicada do terceiro mês e uma semana até cinco meses e meio, com intervalo mínimo de um mês entre as duas doses.
Fonte: Agência Saúde
CUIDADO1
SCIELO é um portal, deve ser citado tendo como referência o artigo e o periódico indexado!
Metoclopramida: superdosagem a dose está acima do máximo permitida por dia, a dose não deverá exceder 0,5mg/kg/dia, de 3 a 5 anos: 2mg de 2 a 3 vezes/dia. Máxima dose diária 6mg.
FONTE:http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=metoclopramida&btnG=Pesquisa+Google&meta
Os rotavírus causam de 600.000 a 870.000 óbitos por ano entre crianças em todo o mundo. Esses vírus foram visualizados pela primeira vez no Brasil em 1976, a partir da microscopia eletrônica das fezes de crianças diarréicas em Belém, Pará.
fonte:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2000000300012
lembrem que sou professora de metodologia….
cuidado com as referências!
dúvidas?
Acessem:
http://www.unifra.br/utilitarios/arquivos/Normas_UNIFRA_vfinal7.pdf
Os vírus, são eliminados em grande quantidade nas fezes do doente. A criança pode se infectar ao levar a mão suja à boca, por contato direto com pessoas, ou ainda por água, alimentos e objetos contaminados. E como existem vários tipos de rotavírus – um gênero de vírus com aspecto de roda que destrói células do intestino -, a criança pode desenvolver a doença mais de uma vez. No entanto, é realmente a primeira infecção que costuma ser a mais grave.
FONTE:http://www.invivo.fiocruz.br
A infecção causada pelo Rotavírus varia de um quadro leve, com diarréia líquida e duração limitada a quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo ocorrer também casos assintomáticos.
Os Rotavírus são eliminados em alta quantidade nas fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por água ou alimentos, por contato pessoa-a-pessoa, objetos contaminados e, provavelmente, também por secreções respiratórias, mecanismos que permitem uma alta capacidade de alastramento dessa doença.
FONTE:http://www.cve.saude.sp.gov.br
O paciente apresentou movimentos involuntários, fala enrolada e agitação, esses sintomas fopram provocados pela elevada dosagem que administrou de metoclopramida, o tratamento desses sintomas foi realizado com a administração de triexifenidil por via intravenosa, pois este é indicado para o tratamento de reações extrapiramidais induzidas pela metoclopramida. Portanto, a dosagem de metoclopramida administrada pelo paciente estava elevada mas o tratamento triexifenidil está adequado.
FONTE: KOROLKOVAS, Andrejus; FRANÇA, Francisco F. de A. C. Dicionário Terapêutico Guanabara. 13ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2006;
Complementando o comentário da Selma:
Para desidratação de primeiro grau, o indicado é administrar soro parenteral.
Triexifenidil foi administrado devido aos efeitos adversos decorrentes da superdose por ser uma droga anticolinérgica, inibe os receptores muscarínicos. O esperado é a regressão dos sintomas apresentados. Esse medicamente geralmente é usado como terapia adjuvante na doença de parkinson para controlar tremores, bradicinesia, rigidez e melhora da fala.
FONTE: Dicionário terapêutico Guanabara
Complementando o comentário da Selma:
Para desidratação de primeiro grau, o indicado é administrar soro parenteral.
Triexifenidil foi administrado devido aos efeitos adversos decorrentes da superdose por ser uma droga anticolinérgica, inibe os receptores muscarínicos. O esperado é a regressão dos sintomas apresentados. Esse medicamente geralmente é usado como terapia adjuvante na doença de parkinson para controlar tremores, bradicinesia, rigidez e melhora da fala.
FONTE: Dicionário terapêutico Guanabara
Qual o peso do paciente?
O tratamento para o rotavírus é o mesmo instituído para as doenças diarréicas agudas. É importante a reidratação oral e/ou parenteral (quando a reposição de fluidos e eletrólitos não for suficiente), para evitar as complicaçõe (desidratação grave e distúrbios hidreletrolíticos). O uso de antimicrobianos não é recomendado e também o uso de antidiarréicos.
Fonte:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_rotavirus2.pdf
Vários estudos epidemiológicos tem sido realizados para determinar a real necessidade de inclusão da vacina contra rotavírus nos programas nacionais de vacinação, considerando a extensa diversidade genômica apresentada pelos rotavírus e, portanto, a eficácia da vacina nos diferentes países. O que se espera da vacina é a prevenção da diarréia grave, que pode levar a desidratação e morte, já que não é possível a prevenção total da infecção.
Bibliografia: SANTOS N. S. O.;ROMANOS M. T. V.;WIGG M.D.;Introdução a virologia humana;editora Guanabara Koogan;Rio de Janeiro – RJ, 2002, pag 61.
A infecção por Rotavírus pode ser assintomática, ou seja, causar sintomas no doente, ou não. Em casos de infecção sintomática pode variar de um quadro leve, com diarréia líquida e duração limitada aos quadros graves com desidratação, febre, vômitos e cólicas. Pode ainda haver sintomas respiratórios, como obstrução nasal, coriza discreta, dor de garganta e tosse seca.O vírus pode passar por quatro etapas. Na primeira, que corresponde à maioria dos casos, a criança é hidratada em casa sem maiores complicações. Depois, pode ser necessário fazer uma consulta ao médico e indicar a hidratação oral (sorinho). No terceiro estágio, a criança precisa passar por uma observação hospitalar no pronto-socorro por cerca de 12 horas. Só quando a virose atinge a última etapa é que a internação hospitalar se faz necessária.
A higiene é fundamental e, em casa, os pais podem tomar algumas providências para evitar a virose: lavar as mãos, pois a mão é um dos principais focos de contágio, controlar a qualidade da água e dos alimentos e destino adequado dos dejetos e do esgoto. Essas medidas são imprescindíveis para a prevenção de quaisquer surtos de diarréia.
Um outro aspecto importante e fundamental nas crianças de até seis meses de idade, é quanto ao estímulo do aleitamento materno, que parece ter principal presença pelos níveis de anticorpos contra o Rotavírus, pois fornece à criança defesas contra vírus, bactérias ou protozoários causadores da diarréia.
Fonte: disponível em:http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/rotavirus__como_prevenir.htm. Acesso dia 28 de out de 2008.
SÚMULA DE CASO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO: ROTAVÍRUS
MEDICAMENTO UTILIZADO: metoclopramida – antiemético.
O paciente deve receber no máximo 7 mg/dia de metoclopramida, de acordo com seu peso. Orientação – administrar o medicamento com água.
Usar copinhos medidores, evitando medir com colher devido à variação de volume.
Amoxicilina: Está com dose subterapêutica, e sem indicação terapêutica. O uso indevido pode causar resitência.
TRATAMENTO CORRETO PARA ROTAVÍRUS:
Dependendo do grau de desidratação, utilizar soro caseiro ou soro endovenoso.
Dieta branda.
EFEITOS COLATERAIS
METOCLOPRAMIDA:
miose, rigidez muscular, dificuldade na fala, agitação, movimentos involuntários do pescoço e membros superiores.
ORIENTAÇÕES DADAS AO CUIDADOR
administrar:
1) fármaco correto
2) dose correta
3) na hora correta
4) na via correta
5) ao paciente correto
ANAMNESE FARMACÊUTICA
Levantar dados do paciente (sexo, idade, residência/procedência, história da moléstia atual, história pregressa, características sócioeconômicas)
Gostei da colocação das opniões, as concordâncias citadas em cima do caso clínico. Muito bom também quanto a existência da fonte pesquizada. Sumula muito bem elaborada. Valeu a pena entrar neste site. Abraços à todos fiquem com DEUS!
Metoclopramida não é um remédio bom em pacientes com diarreias e deve ser usado em pacientes pediátricos com muitos cuidados.