A cura definitiva do diabetes por meio do transplante de células-tronco pode estar cada vez mais próxima. Uma equipe de pesquisadores desenvolveu um composto químico que pode transformá-las em células beta, capazes de liberar insulina.
A revista Nature Chemical Biology publicou ontem que um grupo de cientistas da Universidade de Harvard (EUA), liderado por Douglas Melton e Stuart Schreiber, descobriu um composto que, inoculado na endoderme, é capaz de criar um grande número de células com o gene Pdx1 – necessário à produção de insulina.
Depois que estas células são geradas, os pesquisadores as implantaram em ratos, por meio de uma cápsula renal, e observaram que podiam criar um grande número de células vivas geradoras de insulina. Esta descoberta representa um importante passo na criação de células beta, o grande objeto de desejo dos cientistas no desenvolvimento da cura desta doença.
As células beta são um tipo de célula do pâncreas, que se encarrega de liberar e sintetizar a insulina, hormônio que controla os níveis de glicose no sangue. Essas células são as primeiras a desaparecer nos pacientes que têm o diabetes do tipo 1 – conhecido como diabetes juvenil –, uma vez que o próprio sistema imunológico do corpo as destruiu devido a um processo auto-imune. No diabetes de tipo 2, a insulina produzida pelas células beta do pâncreas atua incorretamente ou é insuficiente.
Fonte: Zero Hora 16/03/2009
Deixe um comentário