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Posts Tagged ‘atenção farmacêutica’

 

IDENTIFICAÇÃO: Josineide S. V., feminina, 29 anos, branca, auxiliar de enfermagem, natural e
procedente de Porto Alegre.
QUEIXA PRINCIPAL: diarréia e emagrecimento.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente interna no HSL-PUCRS referindo que há 60 dias iniciou
com diarreia, descrita como evacuações aquosas de pequeno volume, com vários episódios diurnos e noturnos. Relata episódios de urgência e também eliminação de material muco-sanguinolento.
Acompanhando o quadro apresentou alguns episódios febris de até 38° C. Refere emagrecimento de
6 Kg nos últimos 60 dias.
Foi encaminhada a este hospital após ter sido avaliada em posto de atendimento primário, onde
entre outros exames realizados, sem seu conhecimento, foi realizada uma pesquisa do HIV que foi
positiva.
REVISÃO DOS SISTEMAS
Geral: emagrecimento e sensação de fadiga.
Cardiovascular: nega dispnéia ou dor torácica.
Respiratório: nega tosse ou expectoração.
Gastrointestinal: refere pirose nos últimos 20 dias: diurna e noturna com alguns episódios de
odinofagia.
Geniturinário: nega sintomas urinários. Refere atraso menstrual ( 3 meses) e traz consigo teste de gravidez positivo. Nulípara.
Endocrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, polidipsia, poliúria,
polifagia.
Demais sistemas: sem queixas.
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA
Doenças da infância: somente lembra catapora.
Imunizações: não sabe informar. Cirurgias: nenhuma.
Traumatismo: nenhum. Hospitalizações prévias: nenhuma.
Medicações em uso: loperamida eventualmente.
Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta). Sem intolerâncias alimentares.
Sono normal, interferido por evacuações noturnas. Nega alergias.
HISTÓRIA FAMILIAR: Pais vivos e sadios. Irmã mais velha sadia.
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: Internação na FEBEM na sua adolescência por envolvimento com tóxicos e pequenos furtos. Refere ter tido vários namorados nesta instituição. Relações sexuais desde os 16 anos de idade, sem proteção de barreira, com pessoas de grupo de risco para o HIV. Vive nos últimos 10 anos com ex-drogadito. Não sabe o status HIV de seu companheiro. No momento ele é gerente de uma microempresa e diz que os “dois se regeneraram e nunca mais usaram qualquer tipo de tóxico graças à sua igreja”. Exerce suas atividades profissionais em um hospital desta capital (internação cirúrgica). Refere que não gostaria que seus pais soubessem de seu diagnóstico (HIV). Diz que não quer se tratar da doença porque “ela já está muito adiantada, vai sofrer demais e sabe que ela não tem cura”.
EXAME FÍSICO
Alerta, lúcida, orientada e coerente. Mucosas úmidas, pouco descoradas e anictéricas. Sinais de emagrecimento, mas em bom estado geral.
Temperatura=37,5°C, pulso=95bpm, respiração=19mpm, peso=45Kg, altura=1,68m,
TA=100/80mmHg.
Pele e anexos: sp. Cabeça: sp. Ouvidos e nariz: sp.
Gânglios linfáticos: micropoliadenopatia cervical bilateral com gânglios macios e móveis.
Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e isoreagentes. Fundo de olho normal.
Boca e faringe: placas brancas circundadas por halo hiperemiado na orofaringe. Dentes em mau estado de conservação. Pescoço: sp
Ausculta pulmonar: pulmões claros à ausculta. Percussão torácica normal. Ausência de ruídos adventícios.
Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros.
Abdômen: dor à palpação superficial e profunda difusamente. Ausência de dor a descompressão súbita. Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos aumentados.
Músculo-esquelético: normal
Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos profundos sp.
EXAMES COMPLEMENTARES
Hematócrito=30 %, Hemoglobina=10g%, Creatinina=0,8mg%, Glicose=85mg%, Na=130mEq%,
K=3mEq%, CO2=20mEq%.
Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo.
Coprocultura: ausência de bactérias patogênicas.
Colonoscopia: úlceras difusas ao longo do cólon com características sugestivas de colite por citomegalovírus. Biópsias confirmaram esta impressão.
Endoscopia digestiva alta: esôfago recoberto por membranas esbranquiçadas com halo hiperemiado sugestivo de esofagite por Candida. Estômago e duodeno: normais.
Teste de gravidez (HCG): > 50000.
Ecografia abdominal: gravidez compatível com 12 semanas. Ausência de outros achados significativos.
EVOLUÇÃO
A paciente alguns meses após apresenta febre, tosse produtiva com expectoração hemática e purulenta. Procura a Sala de Emergência de um hospital. O plantonista alegando que a sala de observação esta lotada recusa-se a admitir a paciente para realização de exames e recomendar que ela se dirija para outro hospital da rede, já por ele contatado e com disponibilidade de oferecer atendimento.
O companheiro ser recusa em remover a paciente para outro hospital e ameaça chamar jornais e televisão para denunciar que ela não está sendo corretamente atendida “porque ela tem AIDS”.
Diante da ameaça o médico cria uma vaga para a paciente a passando na frente de outros pacientes que aguardavam internação para fins de observação.
OBJETIVOS
Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma justificativa moral para suas respostas.
1. É adequada a forma de identificação da paciente no caso clínico em discussão?
2. Foi correta a  iniciativa da equipe de saúde de colocar o teste do HIV dentro da mesma coleta de sangue para outros exames sem conhecimento do paciente?
3. Qual a obrigação da equipe médica com relação ao companheiro da paciente? E a seus pais?
4. Esta  paciente deverá ter um tratamento diferenciado no momento do parto em relação às demais gestantes  no que  diz respeito a isolamento de outras parturientes, ambiente especial no Centro Obstétrico e na enfermaria?
5. É adequado identificar a capa de seu prontuário com adesivo contento o aviso “paciente HIV +” durante sua hospitalização ?
6. Deve o hospital em que a paciente trabalha ser informado de sua situação clínica? A equipe  médica estaria correta em tentar persuadir a paciente a seguir o tratamento indicado para sua situação clínica?
Em relação à evolução do caso.
7. O médico ser portou de maneira eticamente correta  nesta situação?
8. Como você colocaria este problema numa perspectiva ética?

 

EM RELAÇÃO À FARMACOTERAPIA

1. Quais os PRMs encontrados no caso?

2. Quais orientações se fazem necessárias para esta gestante para o cuidado com o bebê?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. http://www.bioetica.ufrgs.br
2. Livro: Iniciação à Bioética – Conselho Federal de Medicina)
3. Bioética Vol. 1 nº 1, 1993
4. Texto: AIDS e Bioética.

 

Estudo de caso elaborado por docentes da Faculdade de Medicina da PUC – PoA

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
feminina, 78 anos, branca, aposentada, casada, natural de Rio Grande, procedente de Porto Alegre.

2. QUEIXA PRINCIPAL:
Dispnéia e edema de membros inferiores.

3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
Paciente portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica de longa data, com diagnóstico de miocardiopatia dilatada.Há 5 dias procurou o Serviço de Emergência por apresenta piora da dispnéia.Hoje apresentando ortopnéia, dispnéia paroxística noturna e edema de membros inferiores. Vem em uso de digoxina ½ cp/dia, furosemida 40 mg 1 cp/dia, captopril 25 mg 3 cp/dia e warfarin ½ comprimido ao dia. Há 7 dias iniciou com carvedilol, 25mg, 1cp/dia

4. HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:
– Dislipedemia tipo IV
– Diabete melito tipo II
– Hipotireoidismo secundário ao uso de amiodarona
– Infecção urinária de repetição

5. HISTÓRIA FAMILIAR:
Nada consta no prontuário

6. HISTÓRIA PSICOSOCIAL:
Professora aposentada.

7. EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcida, orientada, mucosas úmidas e coradas. Dispnéica, acianótica, anictérica. Temperatura: 37,2ºc, FR 20 mrpm, FC 80 bpm, TA 160×80 mmHg
Bulhas normofonéticas, ritmo irregular, sem bulhas acessórias, com sopro holo-sistólico em área
mitral, ++/4+, com irradiação para axila. Pulmões com estertores sub-crepitantes em bases
Fígado 3 cm abaixo do RCD, indolor. Edema de MsIs +++/4+

8. EXAMES COMPLEMENTARES:
Glicose: 80 mg/dl, potássio 3,6 mEq/l,
Creatinina: 1,5 mg/dl, tempo de protrombina 19%, RNI 4.13
ECG: Fibrilação atrial, SVE
Rx de tórax: Aumento de volume cardíaco
Diversão cranial da circulação pulmonar
Derrame pleural bilateral

9. PROCESSO DE DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS
1. Hipóteses diagnósticas
2. Exames físicos e laboratoriais
3.Relação entre edema de membros inferiores: e insuficiência cardíaca.
4. Patologias clínicas que podem agravar o quadro clínico
5. Exames complementares.
6. Conduta terapêutica sugerida.
7. Acompanhamento farmacoterapêutico.

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João é o farmacêutico do Lar Santo Expedito, uma instituição de longa permanência para idosos no município de Jurerê da Serra. Exercendo a profissão, é responsável pela supervisão direta do tratamento farmacológico de 45 idosos internados, todos acima de 65 anos. Em uma semana comum de trabalho, João dispensa aos cuidadores medicamentos prescritos pelos profissionais médicos que acompanham o grupo. A maioria destes medicamentos é utilizada para tratar distúrbios metabólicos (pertence à classe dos antidiabéticos orais e insulina; anti-hipertensivos, antiagregantes plaquetários, etc), antimicrobianos, distúrbios hormonais, psicofármacos (antiedepressivos, anticolinérgicos, anticonvulsivantes, ansiolíticos, etc.), vitaminas e suplementos alimentares.  Chamou a atenção de João as queixas das cuidadoras em relação a alguns problemas de saúde apresentados pelos internos, e que exigiram seus conhecimentos a respeito dos distúrbios menores.

– Dona Margarida estava apresentando tosse, e não deixava sua companheira de quarto, Dona Eulália dormir bem. Ambas estavam atribuindo a tosse à vacina da gripe, feita há alguns dias. João observou que a tosse de Dona Margarida era seca,  não acompanhada de febre, e questionou sobre o uso de cigarros. Dona Margarida corou ao confessar que a neta havia lhe trazido cigarros na última visita, e que estava fumando escondida no banheiro do quarto. João lhe indicou medidas higiênicas de combate a tosse e um antitussígeno.

Seu Benedito estava corado antes mesmo de falar com João. Seu problema era mais delicado. Estava sofrendo de hemorroidas. Novamente, a causa do problema foi a alimentação inadequada do morador, que havia comido salame colonial trazido pelos filhos, contendo bastante condimentos.  Seu Benedito se queixa de dor, ardor, inflamação, sangramento e calor. Novamente, João lhe indicou medidas higiênicas de combate ao problema, além de medicamentos tópicos.

Seu Nilo estava constipado já há algumas semanas. Sua frequência de evacuação era inferior a 3 vezes na semana, com fezes endurecidas e sensação de evacuação incompleta. Recentemente o médico assistente havia modificado sua terapia farmacológica e incluído novos fármacos neurolépticos e anticolinérgicos. João identificou a constipação como sendo um problema relacionado a medicamento e propôs medidas higiênicas e a utilização de um laxativo.

Para os casos acima, identifique fatores de risco, medicamentos de escolha, medidas higiênicas e orientações farmacêuticas necessárias para a resolução dos distúrbios menores.

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O Caso desta semana está descrito no artigo abaixo:

Epilepsia e Gravidez: Que conduta?

Veja também

latamjpharm

bvsms

redeblh

ghc

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Débora, é uma menina de 5 anos, pesando 17,2Kg e medindo 1,1m. Ela foi levada ao  seu pediatra por causa de dificuldades respiratórias e chiado nos últimos 3 dias, além de tosse produtiva de coloração amarela. Seis meses atrás, ela foi diagnosticada com asma. O pediatra fez os seguintes apontamentos:

•             PEFR 60-67 (normal 150-160) – (FEFmax – Fluxo expiratório forçado máximo durante a CVF)

•             aumento da frequência respiratória

•             taquicardia

•             dificuldade de completar frases

•             temp 38.8˚C.

  • Quais os seus comentários em relação à avaliação do pediatra
  • Depois da admissão hospitalar , quais os cuidados a serem tomados com a terapia de Débora para o manejo de seus sintomas?
  • Quais fatores complicadores estão presentes?

Débora recebeu a seguinte prescrição

  • Nebulização com salbutamol 2.5mg, a cada 1-2 horas se necessário
  • Prednisolona 40mg  uma vez ao dia (oral)
  • Cefotaxima 900mg  duas vezes por dia  (intravenosa)
  • Paracetamol 250mg  a cada 4-6 horas, se febre ou dor.

Descrição da progressão

Debora respondeu bem ao tratamento. O antibiótico intravenoso foi descontinuado e o tratamento oral foi iniciado.  Prednisolona foi descontinuada depois de 3 dias. Como estava reagindo bem ao tratamento, teve alta.

  • Qual antibiótico oral pode ser indicado?
  • Quais sinais indicam que ela respondeu bem ao tratamento?
  • Que medicamentos ela deve receber na alta, se sua FEFMax atingir 122?
  • Débora receberia imunização na próxima semana. Sua mãe pergunta se ela pode fazer as vacinas normalmente.
  • Estabeleça um plano de atenção farmacêutica para Débora, contemplando as necessidades de intervenção, ações a serem realizadas e resultados esperados.

Fonte: Paediatric pharmaceutical care – Workbook – NHS

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Paciente do sexo feminino, 63 anos, natural de Rio Pombal, BA e procedente de São Paulo, SP, aposentada (trabalhadora rural), tabagista de 20 anos-maço e com diagnóstico prévio de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), em acompanhamento médico ambulatorial, foi admitida no Hospital São Paulo – UNIFESP, com queixa de tosse produtiva e dor torácica, ventilatório-dependente há um dia.

Na admissão apresentava-se com tosse produtiva, com expectoração amarelada, dispnéica, freqüência respiratória (FR) de 28 ipm, saturação de oxigênio = 93%, taquicárdica (freqüência cardíaca (FC) = 104 bpm), pressão arterial = 120 x 80 mmHg, febril (T 37,8 ºC), ausculta respiratória com murmúrios vesiculares diminuídos em bases com estertores no terço médio de hemitórax esquerdo. Gasometria arterial pH = 7,46, pCO2  = 26,9, pO2  = 61,6, HCO3  = -18,9 BE = -3,4 SpO2  = 92,5%. Relata uso de amitriptilina 25mg como hipnótico, hidroclorotiazida 25mg, captopril 50mg, AAS 100 mg, sinvastatina 10mg, metformina 850mg – 2 vezes ao dia.  Foram colhidas culturas e introduzido  antibioticoterapia empírica com cefepima e claritromicina,  pelo estado clínico apresentado. Paciente evoluiu com piora do padrão respiratório e hemodinâmico e, após 5 dias da admissão, apresentou insuficiência respiratória necessitando de intubação orotraqueal. Como a paciente mantinha-se em pior quadro clínico, optou-se pela troca dos antibióticos, de forma empírica, por imipenem, vancomicina e anfotericina B, considerando que as culturas colhidas (hemocultura, cultura de secreção traqueal e urocultura) não haviam isolado ainda nenhum micro-organismo. No sexto dia de internação a paciente apresentou quadro de choque séptico, sendo necessário o uso de fármacos vasopressores (noradrenalina), com reversão do quadro em 24 horas.

A tomografia computadorizada de tórax (Figuras 1 e 2) evidenciou consolidação com área de necrose e escavação, compatível com processo infeccioso no lobo esquerdo e derrame pleural bilateral, com atelectasia à esquerda e pneumatoceles, sendo confirmado diagnóstico de pneumonia necrotizante. Suspendeu-se a prescrição de imipenem, anfotericina B e manteve-se vancomicina.

A paciente foi submetida à drenagem de hemitórax esquerdo. Como as culturas se mantiveram sempre estéreis e, considerando que um dos principais agentes responsáveis pela pneumonia necrotizante é o Staphylococcus aureus, manteve-se antibioticoterapia prolongada com vancomicina por 56 dias, apresentando boa melhora clínica e evolução radiológica, obtendo alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial clínico e fisioterápico.

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 Descrição do Paciente: B. C. C., 72 anos, masculino, branco, aposentado, divorciado, com
segundo grau completo, residente e domiciliado na cidade de Alegrete, RS.
O paciente relatou ter 6 filhos, sendo
que  foi casado duas vezes e se separou, pois o casamento não deu certo e não
sabe das ex esposas. Reside sozinho, e os filhos o visitam esporadicamente.

Procurou o serviço de saúde por apresentar febre, coriza e tosse persistente por mais de uma semana.  Ao exame, foram anotados os seguintes dados:

Exames realizados

Sinais vitais: PA: 150/90 mm/Hg; T: 38.5°C.

Índice glicêmico pós-prandial de 195mg%, HbGlic 7mg%
Peso e altura: 60kg, 1.76 m
Hemograma: hemácias: 5.000.000/mm3; hematócrito: 45%; hemoglobina 16g; linfócitos: 15%; plaquetas 110.000/mm3;  leucócitos: 4.000 mm3; Células TCD4 – 220/ uL

urina: cor âmbar, pH: 7,6; creatinina: 16mg/dL, proteína 156mg/24h, uréia 12g/24 h

Histórico obtido na anamnese

Relatou nunca ter apresentado reações alérgicas à medicamentos, alimentos, ou
qualquer outro tipo de alergia. Boa aparência, vestimentas velhas, porém
limpas, expressa cansaço e tristeza, apesar de relatar estar ótimo e feliz.
Alimentação: tem dificuldade de manter a dieta para diabetes, porém refere que
perdeu a prótese dentária e isso dificulta a mastigação. Faz as refeições
sozinho. Relata não ter sede e por isso ingere pouquíssimo líquido. Não pratica
atividades físicas, e como atividade de lazer, assiste televisão. Tem
dificuldade para dormir, mesmo com medicação. Funcionamento intestinal: refere
normalidade na freqüência das evacuações, diariamente. Funcionamento urinário:
apresenta leve quadro de incontinência urinária. Atividade sexual: paciente
relata que há 5 anos tinha vida sexual ativa.Relatou fazer uso de sildenafila e
praticar sexo sem proteção, o que causou a contaminação pelo vírus HIV.  A
partir do diagnóstico, há 3 anos, não realiza atividade sexual. Até então,

assintomático e com carga viral baixa. Sinais e dor : não refere algias, porém

demonstra cefaléia e disúria. Estado cognitivo:
paciente consciente, mantendo diálogo, com boa resposta verbal, orientado no
espaço e no tempo. Calmo, refere ser feliz e sorri bastante quando conversamos
com ele, apesar disso, quando observamos de longe, aparenta tristeza,
indiferença afetiva, apatia, desesperança e baixa auto-estima.
Relações interpessoais: relata conviver bem com os vizinhos, amigos e
familiares, mas durante o dia está sempre sozinho, sentado na poltrona onde
dorme. Vícios: tabagista e relata fumar 5 cigarros por dia.
Diagnósticos atual de doenças: além de apresentar HIV,  pneumopatia, diabetes e
hipertensão,  o paciente possui sintomatologia para diagnóstico de depressão e
distúrbio de Próstata.  Para estes problemas de saúde não  existe confirmação
para os possíveis diagnósticos, sendo baseados nos sinais e sintomas que o
mesmo apresenta, pois nega atendimento médico e realização de exames
confirmatórios específicos.

Prescrição Médica (no momento da consulta):
INSULINA REGULAR 100 UI 10ML, VIA SUBCUTÂNEA, SE NECESSÁRIO
HEPARINA 5000 UI 0,25 MG SUBCUTÂNEA 12/12H
DIPIRONA SÓDICA 2ML – 1 AMPOLA, SE NECESSÁIRO
METOCLOPRAMIDA 10 MG 2ML, 1 AMPOLA, SE NECESSÁRIO
METFORMINA 850 MG, 1 CP , 3X AO DIA
DIAZEPAM, 5MG, 1 CP, 1X AO DIA
FUROSEMIDA, 40MG, 1 CP, 2X AO DIA
PREDNISONA 20MG, 1CP, 1X AO DIA
AZITROMICINA 500MG, 1CP, 1X AO DIA
DEXCLORFENIRAMINA 2MG, 1CP, 3X AO DIA
DIMETICONA GOTAS, 10ML, 1 FRASCO, 40 GOTAS ATÉ 6X AO DIA.
NEBULIZAÇÃO:
CLORETO DE SÓDIO 0,9% 10 ML, 3ML,
BROMETO DE IPRATRÓPIO, 0,25 MG/ML, 20 GOTAS, 2X AO DIA

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ESTUDO DE CASO II – DIABETES

HISTÓRICO DO  PACIENTE: M.S.F., 70 anos, sexo feminino, do lar, branca. Internada em Unidade de tratamento adulto de hospital vinculado ao SUS há 20 dias. Apresenta os seguintes problemas de saúde: Hipertensão arterial sistêmica (150:100 mmHg), diabetes Mellitus (Glicemia em jejum de 145mg/dL; Hbglic. 8,4%), e pediculose.  A paciente deu entrada  no hospital por apresentar tontura e formigamento de extremidades,  que a levaram a uma queda, em sua residência.

Faz uso dos seguintes medicamentos:

  1. Insulina regular – se necessário
  2. Glicose 50%, se necessário (HGT inferior a 60mg/dL)
  3. Espironolactona 50 mg 1cp de 12/12h
  4. Ácido acetil salicílico 100 mg, 1 cp 25/24h
  5. Dipirona sódica 2mL 1 ampola, se necessário
  6. Metoclopramida 10mg/2ml, 1 Ampola, se necessário
  7. Morfina 10mg/mL SC, 0,5 AM, se necessário
  8. Amiodarona 200 mg, 1 cp, 24/24h
  9. Carvedilol 3.125 mg – 1 cp, 12/12h
  10. Captopril 25 mg, 1 cp 24/24h
  11. Clonidina 0,150 mg – 1cp se necessário (PA > ou = a 160/100
  12. Omeprazol 20 mg, 1 cp, 12/12h
  13. Dimenidrato, vit B6DL, 1 cp, 12/12h
  14. Ivermectina 6mg, 1cp, 24/24h.

A dieta prescrita no hospital é a hipossódica , com 2 g de sal, liquida completa, com leite, e dieta pastosa não liquidificada. Deve fazer teste de glicose (hemoglucoteste) intemitente, controlar os sinais vitais continuamente, controlar a diurese continuamente e sair do leito intermitente.  Recebe oxigênio via óculos nasal, contínuo, por 24h, fluxo de 3 L/min. Curativo na lesão da queda. Não foram solicitados exames complementares.

 

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J. V. M.; 45 anos, masculino, negro, motorista de ônibus coletivo, desquitado e casado pela segunda vez.

HDA (história de doença anterior)

Paciente foi rastreado como provável hipertenso em visita rotineira do agente de saúde.  Embora fosse assintomático foi agendada uma consulta. Na consulta informou que sentia eventualmente alguma tontura, mas que não deu muita importância ao fato porque bebia eventualmente e acreditava ser uma conseqüência de problemas no fígado.

ANTECEDENTES PESSOAIS

Fumante de 20 cigarros por dia (está querendo parar), faz uso moderado e eventual de álcool e é sedentário atualmente, porém, caminhava 2 vezes por semana há 6 meses atrás. Não sabe se é diabético mas informa já ter feito exames e constatado excesso de colesterol no passado.

ANTECEDENTES FAMILIARES

Pai  hipertenso e diabético (falecido de AVC), mãe morreu de infarto aos 76 anos. Tem um irmão de 20 anos com problemas no coração.

EXAME FÍSICO

Peso: 86kg

Altura: 1,65 kg

Pulsto: 82 bpm (cheio e irregular)

PA: 180/110 mmHg (média de 3 medidas)

Mucosas normocoradas

Exame de pulso periférico e ausculta cardíaca: Palpados nos 4 membros, simétricos e de alturas semelhantes. O pulso era irregular e a freqüência estava em torno de 96 bpm. Na ausculta do coração foi determinado que o ritmo era irregular  em dois tempos e que a bulha estava aumentada no foco aórtico às custas do A2. Sopro sistólico do tipo ejetivo audível em foco aórtico i irradiação aos vasos do pescoço. Sopro sistólico do tipo regurgitação, em foco mitral e irradiado à axila esquerda.

adaptado de estudo de caso elaborado pelo Prof. Robson Costa.

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